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A associação sem fins lucrativos "Pro Fungi" está criando, no Rio de Janeiro, a "Central dos Cogumelos", o primeiro centro cultural do mundo dedicado aos cogumelos.

O objetivo do centro é mostrar o grande potencial dos fungos, muitas vezes subestimado, para resolver os enormes desafios ambientais que enfrentamos atualmente. Os fungos oferecem uma quantidade enorme de soluções inovadoras para inúmeros desafios globais, incluindo alternativas alimentares, novos tratamentos de saúde, materiais de construção sustentáveis e métodos de limpeza de poluição, para citar apenas alguns. Além da sede física, será criada uma plataforma virtual para compartilhar conhecimentos sobre fungos em todo o mundo.

 

A “Pro Fungi” já adquiriu um prédio histórico em um bairro culturalmente vibrante do Rio. Para colocar a “Central de Cogumelos” em funcionamento, estamos buscando um apoio financeiro de aproximadamente Reais 4.250.000. No entanto, poderemos colocar partes do centro em operação com muito menos recursos.

 

A “Pro Fungi” convida você a contribuir com patrocínios, conexões, envolvimento pessoal ou simplesmente divulgando o projeto. Agradecemos imensamente sua ajuda para tornar esse projeto visionário uma realidade. Muito obrigado!

No ano passado, a Swissnex no Brasil participou de um programa de pesquisa transdisciplinar, o Fungi Cosmology, realizado por artistas, cientistas e curadores do Brasil, Chile e Suíça para pesquisar fungos e as novas formas de vida que eles podem ensinar ao mundo. Após essa primeira experiência com o mundo dos fungos, estamos convencidos de que a pesquisa e o ensino nesse campo são de grande importância. Portanto, desejamos boa sorte ao projeto “Central dos Cogumelos”.

Malin Borg
CEO da Swissnex, Brasil

O micélio fúngico da mudança regenerativa permeia nossa realidade em segredo. Somente a decomposição total do velho e decadente permite a renovação e a evolução cíclicas. Aprendi isso com a morte e os cogumelos. É bom quando essa força silenciosa e subterrânea é sentida, reconhecida e apreciada. Dessa forma, cogumelos pequenos e localizados emergem em toda parte em nossa consciência e fazem seu trabalho para o bem do todo. Boa sorte para seu nó frutífero!

Sabine Brönnimann
FährFrau - agente funerário, orador funerário, líder de ritual, autor de: “Stirb und werde! (Morra e torne-se!), Suíça

Há mais de 200 anos, nossa associação foi fundada para ajudar e prestar assistência a pessoas necessitadas e apoiar projetos de trabalho comunitário. Estamos muito satisfeitos com o fato de um recém-chegado, a “Pro Fungi”, ter iniciado o projeto “Central dos Cogumelos”, que conecta a Suíça e o Brasil de uma forma que vai além da ajuda a indivíduos. Sua intenção é ajudar nosso planeta desesperado, educando sobre todas as maneiras fascinantes pelas quais os fungos podem resgatar nosso meio ambiente.

Urs Bucher
Presidente da Associação Filantrópica Suiça no Brasil

Como artista, sou fascinado por cogumelos porque ainda sabemos muito pouco sobre sua natureza. O fato de prestarmos atenção a essas criaturas fascinantes hoje em dia é principalmente graças a espíritos livres como Paul Stamets, que ousaram explorar caminhos desconhecidos. A “Central dos Cogumelos” é um enriquecimento para que nossa sociedade busque novos caminhos juntos.

Leonardo Bürgi Tenório
Artista autônomo e trabalhador cultural, projeto “Living Things”, Suíça

Compartilhamos da sua opinião de que os cogumelos estão longe de ter esgotado seu potencial. No entanto, para que esse potencial dos cogumelos se concretize, são necessários investidores que invistam em um futuro mais sustentável e saudável. Desejo a você muito sucesso em suas futuras aquisições.

Christian Fanger
Diretor administrativo e de marketing da Kernser Edelpilze, Suíça

Ao contrário do Brasil, infelizmente, os cogumelos que contêm psilocibina ainda são ilegais em muitos países, o que prejudica seu potencial de cura. Apoiamos a associação "Pro Fungi" e o projeto "Central des Cogumelos", pois ele leva à desestigmatização desse reino subestimado de seres vivos e faz uma importante contribuição para a redução de danos e a educação. Ao mesmo tempo, gostamos da abordagem diversificada do projeto, que, além de vender livros, cogumelos medicinais e cogumelos comestíveis, também oferece um espaço seguro para pessoas sob a influência de cogumelos contendo psilocibina.

Stephan Fundinger
Vice-presidente, eve&rave, Suíça

Os fungos transformam sistemas em ecossistemas.

Giuliana Furci
Diretora Executiva Principal, Fungi Foundation, Chile

Conheço Tomi há 10 anos e vi nascer a ideia do Centro “Pro Fungi”. A compreensão atual de que a natureza é cooperativa e solidária, encontra nos cogumelos um facilitador muito importante desses processos naturais. O livre pensar, sua sintonia com a contemporaneidade e sua capacidade de realizar habilitam Tomi ao êxito na construção da “Central dos Cogumelos”.

Carlos Cesar Galliez
Médico, psicoterapeuta corporal em Análise Bioenergética, Brasil

O projeto “Central dos Cogumelos” é extremamente significativo, muito importante e voltado para o futuro, pois aumenta nossa conscientização sobre a importância de nossos companheiros fúngicos e suas diversas habilidades. Em particular, os cogumelos curativos e poderosos desempenham um papel importante na formação de nossa consciência e na conexão ao mundo como um todo, como fizeram em muitas culturas indígenas no passado. Eles podem fazer uma diferença decisiva na reconstrução iminente de uma cultura saudável e não alienada.

Stefan Hanke & Helena Gemmel
Med. prác. & Terapeutas e trabalhadores da consciência, Ways of the Heart, Suíça

Os fungos estão entre os organismos mais importantes e curiosos do mundo, e desempenham um papel fundamental em nosso planeta. O centro de cogumelos proposto mostra de forma impressionante e divertida como os fungos são importantes e fascinantes.

Marcel van der Heijden
Professor de Agroecologia e Interações Planta-Microbioma, Universidade de Zurique, Suíça e Professor de Ecologia Fúngica Micorrízica, Universidade de Utrecht, Holanda e Presidente da IMS, International Mycorrhiza Society

Considero a proposta de construção da “Central dos Cogumelos” fundamental para encontrarmos saída para a crise ambiental vivida no século XXI. Temos evidências robustas que os fungos funcionam como elo imprescindível na cadeia de revitalização da natureza.

Paulo Edmundo Augusto Lopes Jr.
Dr., Psiquiatra, futuro conselheiro / colaborador, Brasil

Os fungos vivem generosamente; mesmo quando se alimentam, compartilham nutrientes com os outros. Que a “Central dos Cogumelos” nos inspire a seguir esse exemplo.

Anna Lowenhaupt Tsing
Autora de “The Mushroom at the End of the World: On the Possibility of Life in Capitalist Ruins” e co-curadora de “Propaganda by the Deed: Fungi Design Lively Ruins for a Time of Unbuilding” no Niewe Instituut de Roterdã, Holanda – EUA

Os fungos são nossos ajudantes subterrâneos, em sua maioria invisíveis, que trabalham incansavelmente para digerir e limpar os restos de nossa civilização. O objetivo da “Central dos Cogumelos” no Rio é demonstrar essas possibilidades: educar e convencer a população, os produtores, a indústria e os políticos a integrar os cogumelos à futura economia circular e promover a pesquisa e o desenvolvimento.

Patrik Mürner
Micologista/designer de produtos, MycoSuisse & Mycostrat, Prêmio Ambiental da Fundação Albert Koechlin, Suíça

Tomi e Jane são micófilos apaixonados e tenho certeza de que o Centro do Cogumelos que eles estão lançando se tornará um importante ponto de encontro para conectar pesquisadores de várias disciplinas e comunidades. Que maneira maravilhosa de conectar pessoas interessadas nos diversos aspectos dos fungos: científico, espiritual, médico, industrial, culinário, artístico e muito mais!

Tehseen Noorani
Dr., Pesquisador Sênior, Departamento de Farmácia, Universidade de Auckland, Nova Zelândia - Membro Honorário, Departamento de Antropologia, Universidade de Durham, Reino Unido - Área de pesquisa: Psicodélicos, terapia psicodélica, experiências extremas, pesquisa interdisciplinar, envolvimento da comunidade

É exatamente disso que nosso tempo precisa: projetos pequenos e concretos com uma visão universal, “para iluminar um canto do mundo”, como disse Suzuki Roshi. A “Central dos Cogumelos” tem o potencial de transformar uma pequena peça do quebra-cabeça em uma plataforma global, um porta-voz e influenciador das importantes mensagens de nossos irmãos mais velhos, os cogumelos.

Vanja Palmers
Fundação Felsentor, Rigi, Suíça

Espero que o projeto “Central dos Cogumelos” seja um sucesso, pois assim como o petróleo foi a base da era industrial, os cogumelos serão a base da era ecológica que está por vir. Seu trabalho no Brasil com certeza será histórico. Espero que possamos fazer algum trabalho com cogumelos juntos no futuro.

Gustavo Ramírez
Dr., Asociación Civil Gaia, Reserva Natural Quebrada del Agua, Argentina

PROOF está encantada pela visão ecológica subjacente ao projeto "Central dos Cogumelos", uma iniciativa que não apenas oferece um santuário para explorar o potencial terapêutico dos cogumelos, como defende a sustentabilidade e o cuidado ambiental. Ao apoiar este empreendimento, buscamos promover uma relação harmoniosa com a natureza, enquanto avançamos no conhecimento científico e promovemos o bem-estar holístico.

Antonin Rouaud
PROOF, Organização Suíça para Pesquisa Psicodélica em Friburgo, Suíça

Como os fungos ainda não são muito bem pesquisados em comparação com a fauna e a flora, é muito importante que a população tenha mais acesso ao mundo dos fungos. Por esse motivo, apoio a “Central de Cogumelos” para aumentar o interesse pelos cogumelos e promover a troca de conhecimento.

Lorenz Rüedi
Engenheiro graduado em biotecnologia e diretor administrativo da Swissmycel, Zurique, Suíça

Desde meus dias de estudante universitário de pós-graduação em Neurofarmacologia, eu estava ciente da capacidade de certos cogumelos (os chamados “cogumelos mágicos”) de alterar profundamente a consciência. Pensei nesses cogumelos como ferramentas em potencial para estudar melhor a base neuroquímica de funções elusivas do cérebro, como a consciência cotidiana, o “pensamento” e o sonho. Os fundadores do Centro têm uma visão muito mais ampla dos fungos, enfatizando o enorme potencial dos cogumelos para muitas outras aplicações práticas, todas as quais proporcionarão um benefício geral para a vida no planeta.

Juan Sanchez-Ramos
PhD, MD, Ellis Endowed Professor of Neurology, University of South Florida, Tampa, FL, EUA

Os imensos benefícios do trabalho multidisciplinar, coordenado e transcultural com fungos, que tem sido seriamente negligenciado até o momento, definitivamente valem o investimento. Considero o orçamento realista e o cronograma viável. As diversas atividades na “Central dos Cogumelos” são muito dignas de apoio.

Yvette Sánchez
Prof. em. Dra., Estudos Latino-Americanos, Universidade de St. Gallen, Suíça

A “Central dos Cogumelos” está fazendo um trabalho importante em termos de educação, prevenção e minimização de danos com relação aos importantes e onipresentes mestres naturais do reino dos cogumelos. Desejamos aos nossos amigos brasileiros muito sucesso!

Susanne G. Seiler
Fundação Gaia Media, Basiléia, Suíça

Acredito que essa iniciativa representa uma oportunidade de revitalizar nossa cidade, unindo a rica história cultural do centro histórico com a inovação e a criatividade associadas ao mundo dos cogumelos. Penso também que o projeto não apenas enriquecerá a oferta cultural da região, mas também promoverá o turismo sustentável e a conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

João Amaral Serra
Advogado, Rio de Janeiro, Brasil

Que potencial está adormecido nesse mundo oculto dos cogumelos, que conecta tantas coisas. O centro cultural “Central dos Cogumelos” será um grande estímulo para a mente, a alma e a imaginação.

Gerda Steiner & Jörg Lenzlinger
Artistas, Suíça

Considerando as descobertas sobre a importância dos fungis para o clima, para a saúde, para a medicina e para o próprio bem-estar, é imperativo que as pessoas se unam para disseminar ainda mais esse conhecimento. Meus parentes, Jane e Tomi, estão tentando criar um ponto de informações micológicas atraente no Rio de Janeiro, que também se tornará uma loja de cogumelos e um ponto de encontro da vizinhança. Espero que agora eles encontrem patrocinadores convictos e endinheirados que possam lhes permitir começar e, ao mesmo tempo, garantir um financiamento de longo prazo. Seria um dinheiro sabiamente gasto em uma causa importante.

David Streiff
Dr. Phil., Diretor aposentado do Filmfestival Locarno e do Departamento Federal de Cultura, Suíça

A “Central dos Cogumelos” é um projeto promissor que está fortemente comprometido com a nossa missão de explorar o mundo dos fungos e compartilhar novos conhecimentos com a população. Projetos como a “Central dos Cogumelos” contribuem significativamente para uma humanidade fortalecida e em harmonia com a natureza.

Jonas Studer
Artista, pedagogo, fundador do Pilz potz Blitz, Suíça e membro do Mycelial Space, Linz, Áustria

VOCÊ SABIA?

  • Que o que conhecemos e chamamos de cogumelos são simplesmente os frutos dos fungos que vivem em redes subterrâneas, às vezes enormes, chamadas de micélio? É como ver maçãs de árvores que crescem abaixo do solo.
  • Que os fungos não são plantas? Existem cinco reinos: o dos animais, o das plantas e o dos fungos são três deles. Animais (incluindo os humanos) estão geneticamente mais relacionados aos fungos do que às plantas.
  • Que há mais espécies de fungos do que de plantas em nosso planeta? Estima-se que existam cerca de 10 vezes mais espécies de fungos do que de plantas, e aproximadamente 95% delas ainda não foram identificadas.
  • Que o maior e mais antigo organismo vivo em nosso planeta é um cogumelo, Armillaria Ostoyae, endêmico das Montanhas Azuis do Oregon? Ele tem 8.000 anos, pesa mais de 35.000 toneladas e se estende por uma área de 10 km², o equivalente a 1.665 campos de futebol.
  • Que os fungos são o sistema digestivo da natureza? Eles decompõem e reciclam matéria orgânica morta no solo.
  • Que praticamente todas as plantas vivem em uma “parceria” simbiótica com um ou mais fungos? As árvores fornecem carboidratos aos seus parceiros subterrâneos, enquanto os fungos as nutrem com minerais importantes extraídos do solo, transportando-os por uma extensa rede subterrânea, muitas vezes de lugares distantes.
  • Que os fungos são a “internet” da floresta, uma espécie de “Wood Wide Web”? O micélio pode ter trilhões de ramificações terminais que transportam não apenas nutrientes, mas também informações entre as árvores.
  • Que os fungos podem decompor plástico, óleo e até mesmo vazamentos de substâncias radiativas?
  • Que o bacon vegano, materiais de embalagem, couro e isolantes usados em construções têm algo em comum? Todos eles podem ser feitos de cogumelos biodegradáveis!
  • Que o uso de cogumelos para tratar pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), alcoolismo e depressão está sendo legalizado em um número crescente de lugares, e tem demonstrado excelentes resultados?
  • Que a cada ano os cogumelos produzem 50 milhões de toneladas de esporos, que podem ajudar a provocar chuva e neve?
  • Que a organização sem fins lucrativos “Pro Fungi” está em processo de criar o primeiro centro cultural focado em cogumelos? Este não será apenas o primeiro centro desse tipo no Rio de Janeiro, mas também no mundo: “Central dos Cogumelos”.

FUNGOS NO CENTRO DO PALCO

Ao longo de décadas de pesquisas contínuas sobre cogumelos e seu potencial, atingiram um ponto crítico e, como resultado, os cogumelos estão finalmente se tornando mais amplamente reconhecidos e aceitos pela sociedade em geral. Graças aos novos conhecimentos sobre os benefícios do vasto mundo da família dos fungos, a humanidade está percebendo que os cogumelos foram cruciais não apenas para a evolução de plantas e animais, mas também para o desenvolvimento da capacidade de nossos cérebros. Especialmente na Europa e nos Estados Unidos, os fungos estão finalmente recebendo a atenção que merecem.

 

Os fungos apresentam diversas soluções para ajudar a reverter as mudanças climáticas e outras devastadoras consequências que causamos ao meio ambiente. Eles também podem nos ajudar a dar um salto existencial: Transformar-nos de uma espécie competitiva para uma que viva de maneira sustentável, colaborativa, pacífica e compassiva com o meio ambiente.

 

Os fungos desafiam nossos conceitos de individualidade e até mesmo de inteligência. Ao examinarmos os organismos extraordinários dos fungos e nossas relações com eles, estamos redefinindo nossa compreensão de como a vida funciona como um todo. Sabemos muito pouco sobre este reino de quase 5 milhões de espécies — cerca de 10 vezes mais do que o número estimado de espécies de plantas! Acredita-se que apenas 5% de todas as espécies de fungos já foram documentadas. Ainda há muito a descobrir; mal arranhamos a superfície. Estamos diante de uma nova fronteira.

 

Os fungos são conhecidos por aguardarem pacientemente sob a terra até que chegue o momento de crescer rapidamente em nosso mundo superficial. Agora, finalmente, chegou a hora de emergirem de sua existência sombria e florescerem sob os holofotes que merecem. Embora sempre estivessem disponíveis, nós humanos levamos algum tempo para reconhecer plenamente a utilidade de nossos estranhos e belos amigos — seres que não são nem animais, nem plantas.

É por isso que decidimos criar a “Central dos Cogumelos”. Ela se tornará um elemento orgulhoso do crescente tsunami de conhecimentos sobre cogumelos, colaborando com inúmeros indivíduos, grupos e empresas que atualmente estão surfando nessa onda em direção ao futuro. Estaremos da vanguarda deste micélio em expansão, conectando todos os aspectos relacionados aos cogumelos, nutrindo e enriquecendo não só nossos estômagos, mas também nossos cérebros e corações. A “Central dos Cogumelos” se dedicará às tradições que conectam os seres humanos e os cogumelos há pelo menos doze mil anos[1]. Investigaremos os avanços medicinais, tecnológicas e culturais resultantes da colaboração com cogumelos psicoativos e não psicoativos.

 

Nos seis biomas do Brasil, um número crescente de cientistas está explorando os enormes, mas ainda pouco conhecidos, mundos de fungos do Brasil. De formigas-zumbis, controladas por fungos, que involuntariamente ajudam a espalhar esporos, a formigas que cultivam um fungo alimentando-o com folhas cortadas, até a maior concentração do mundo de espécies de cogumelos com propriedades bioluminescentes. Além de pesquisas com foco em fungos endomicorrízicos que crescem sobre ou nas raízes das plantas, que são parceiros indispensáveis para o bem-estar da Amazônia. Iniciativas como a Swissnex perceberam que a imensa quantidade de informações exclusivas que estão sendo descobertas é interessante não apenas para os brasileiros, mas tem um valor fantástico quando combinada com as descobertas em outros continentes.

No setor de saúde, uma série de clínicas está tirando proveito do fato de os cogumelos mágicos serem legais no Brasil. Os resultados positivos desses centros de tratamento de traumas, vícios e depressão produzem um excelente material de estudo para países que ainda estão em dúvida sobre o uso de cogumelos para curar problemas de saúde mental. Infelizmente, devido à distância geográfica e linguística, muitas dessas descobertas não chegam aos cientistas em outras partes do mundo. Por enquanto! A “Central dos Cogumelos” construirá uma ponte entre micologistas brasileiros e não brasileiros.

 

A “Central dos Cogumelos” terá um lado educativo, lúdico, para informar sobre os diversos aspectos fascinantes dos fungos. O centro multifacetado incentivará os visitantes a descobrir o enorme potencial, não apenas dos “cogumelos mágicos”, mas da magia de todos os cogumelos. Reunindo uma variedade de serviços sob um mesmo teto, incluindo lojas, restaurante, bar, café, biblioteca, cinema e salão para seminários, exposições e outros eventos, todos com foco em fungos.

 

Para transformar esse sonho bem planejado em uma realidade funcional, o projeto agora precisa de apoio financeiro. Além de transformar nosso prédio histórico, que requer reformas, em um centro especializado em cogumelos, buscamos criar uma comunidade (ou melhor, um micélio) de entusiastas de fungos. Essa comunidade não apenas ajudará a financiar e administrar o local finalizado, mas também no futuro participará ativamente dos eventos que ocorrerão no espaço.

MENTES MARAVILHOSAS DE FUNGOS

No brilhante bestseller “A Trama da Vida”[2], o biólogo Merlin Sheldrake escreve: “Quando as pessoas pensam em fungos, a maioria pensa apenas em cogumelos. Mas os cogumelos são apenas os corpos frutíferos, análogos às maçãs em uma árvore. A maioria dos fungos cresce em locais não visíveis, mas compõem um reino extremamente diversificado de organismos que sustentam e mantêm quase todos os sistemas vivos. Eles são realmente o que permite que os ciclos da natureza ocorram. Quanto mais aprendemos sobre os fungos, menos faz sentido viver uma vida que ignora seu incrível potencial”.

 

“Fungos” é o nome genérico usado para descrever organismos que produzem esporos e se alimentam de matéria orgânica. O mundo dos fungos, em grande parte oculto, varia desde leveduras até substâncias psicodélicas, passando por aqueles que infiltram e manipulam corpos de insetos com precisão devastadora, até os micélios que se espalham por quilômetros abaixo da superfície e são os maiores organismos do planeta[3], conectando plantas em redes complexas. Mais de 90% das plantas dependem de fungos micorrízicos para aprimorar sua absorção de água e nutrientes, bem como facilitar a comunicação entre elas. Essas redes são tão importantes que foram apelidadas de “Wood Wide Web” (A Web da Floresta)”, descreve Tim Lewis, do The Guardian.

Paul Stamets[4], micologista famoso dos Estados Unidos, embaixador de fungos e empresário à frente do negócio multimilionário “Fungi Perfecti”[5], enfatiza em seu livro “Mycelium Running”: “Precisamos de uma mudança de paradigma em nossa consciência. Se não juntarmos em comunhão e entendimento com os organismos que nos sustentam hoje, não apenas destruiremos esses organismos, mas também a nós mesmos”.

A jornalista ambiental brasileira Eliane Brum elogia o livro premiado da antropóloga americana Dra. Anna Lowenhaupt Tsing, “The Mushroom at the End of the World: On the Possibility of Life in Capitalist Ruins” como “uma das obras mais originais deste novo milênio”. O trabalho de Tsing está repleto de observações inspiradas, como: “Não podemos criar membros extras e estamos presos ao único cérebro que cada um de nós tem.” “Os fungos são famosos por mudar de forma em relação a seus encontros e ambientes.”, “Somos contaminados por nossos encontros…”, “Colaboração significa trabalhar com diferenças, o que leva à contaminação. Sem colaborações, todos nós morremos.”, “O que é importante para a vida na Terra acontece nessas transformações, não nas árvores de decisão de indivíduos autônomos.”, “Precariedade é a condição de ser vulnerável aos outros.”, “Essa indeterminação expande nosso conceito de vida humana, mostrando-nos como as vidas descontroladas dos cogumelos são uma dádiva – e um guia – quando o mundo controlado que pensávamos ter, falha.”

FUNGOS RESOLVEM
QUASE TUDO

O momento é este. A sucessão de catástrofes climáticas evidencia que a exploração desenfreada do planeta nos deixou em uma situação de fragilidade. Em contraste, os fungos demonstraram que podem oferecer soluções sustentáveis para muitos dos nossos problemas ambientais urgentes.

 

Os cogumelos podem reduzir a criação de animais por meio de alternativas. Por exemplo, o bacon vegano pode ser produzido de forma mais barata e com muito menos água (8 litros em comparação com 1.200 litros por quilo do bacon de porco!), além de ser mais saudável, rico em fibras e proteínas e contendo um quinto da gordura[6]. Os suplementos de levedura, outro produto derivado de fungos, tornaram-se essenciais para uma dieta vegana equilibrada. As alternativas ao couro feito de cogumelos estão se tornando populares[7]. (Os revestimentos dos assentos do mais recente carro esportivo da Mercedes Benz são feitos de couro de cogumelo[8]. Enquanto a Adidas lançou recentemente um tênis à base de cogumelos[9].) Corantes tóxicos podem ser substituídos por corantes naturais inofensivos à base de cogumelos[10], e cogumelos Portobello são promissores na substituição do grafite em baterias de lítio. Além disso, nossos problemas de resíduos plásticos[11], como embalagens de isopor ou copos que ocupam um terço dos aterros sanitários, podem ser resolvidos usando um produto à base de cogumelo muito semelhante, que sequestra carbono e se degrada em questão de semanas[12]. TNT, dioxinas, derramamentos de óleo e substâncias radiativas também podem ser “consumidas” por cogumelos, assim como resíduos de alimentos e de construções, até mesmo plásticos, todos os materiais que, de outra forma, acabariam em aterros sanitários[13].

Muitos desconhecem que o setor da construção é o maior causador de degradação ambiental. No entanto, muitos materiais de construção tóxicos, produzidos com um alto consumo energético, podem ser substituídos por produtos à base de cogumelos, que são sustentáveis e têm um desempenho superior. Um isolamento de micélio seguro e não tóxico foi desenvolvido, superando quase todos os materiais tradicionais de construção fabricados pela indústria petroquímica, conhecidos por suas propriedades térmicas e acústicas. Esse material de isolamento à base de micélio pode ser produzido a partir de subprodutos tóxicos, pois o micélio consegue decompor produtos petroquímicos e outras substâncias, transformando-as em hidrocarbonetos inofensivos e biodegradáveis. A “madeira” de micélio é cultivada alimentando o sistema radicular de cogumelos com resíduos, resultando em um material neutro em carbono tão versátil que pode ser usado como substituto da madeira tanto na indústria da construção quanto na fabricação de móveis. O concreto à base de cogumelos está em desenvolvimento[14].

A transição do combustível fóssil para a energia elétrica representa um avanço significativo. No entanto, um desafio sério é a necessidade de muitas baterias, produzidas a partir de materiais tóxicos, extraídas do solo em condições ambientalmente destrutivas. Uma descoberta recente são as baterias 100% biodegradáveis feitas à base de fungos[15].

 

É importante recordar que na década de 1940 a penicilina, derivada do fungo Penicillium, tornou-se o primeiro antibiótico produzido em massa, salvando milhões de vidas e contribuindo significativamente para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

 

A medicina oriental utiliza cogumelos há milênios e recentemente os cirurgiões ocidentais desenvolveram um substituto eficaz de enxerto de pele a partir de cogumelos para auxiliar na cicatrização de feridas.

 

E quando nossa jornada neste planeta terminar, podemos partir de maneira sustentável e consciente. Enquanto a cremação de uma pessoa consome tanta energia quanto uma viagem de carro através os Estados Unidos, optar por um traje ou caixão feito à base de cogumelos permite que nossos corpos, muitas vezes tóxicos[16], se decomponham de forma natural e rápida.

Para o bem ou para o mal, os “psicodélicos” ajudaram Steve Jobs[17] a inventar o iPhone. No entanto, é essencial expandir nosso pensamento além do sistema capitalista ultrapassado, que se concentra em produtos e muitas vezes se torna excessivamente explorador. Ao buscar alternativas, os cogumelos mágicos têm se mostrado muito úteis. Eles estão sendo cada vez mais usados no tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e depressão[18], problemas de saúde mental que afetam milhões de pessoas. Além disso, têm demonstrado bons resultados no auxílio de tratamentos de dependências, como tabagismo, alcoolismo[19] e adição em opioides, algo de extrema importância diante da atual epidemia de overdoses, especialmente nos Estados Unidos. Os cogumelos fazem parte dos rituais tradicionais de várias culturas indígenas, da Sibéria à Amazônia. Essa riqueza ancestral está passando por um boom, com pessoas e empresas investindo na pesquisa dos benefícios das substâncias psicodélicas, sejam elas encontradas na natureza ou cultivadas em laboratórios[20].

A guerra contra às drogas, essencialmente, chegou ao fim. A legalização dos cogumelos mágicos está na agenda de vários governos ao redor do mundo[21]. Finalmente, estão reconhecendo que essa guerra custou bilhões e bilhões de dólares, resultando na prisão sem sentido de milhões[22] de pessoas. A repressão apenas contribuiu para uma crescente crise de saúde pública, com drogas cada vez mais perigosas e letais nas ruas. Em muitos países, a descriminalização e a legalização de substâncias psicodélicas agora são vistas como benéficas para a saúde, o bem-estar e até mesmo para os negócios[23].

 

Graças às tradições indígenas, os cogumelos mágicos nunca foram criminalizados no Brasil e o país tem uma legislação que permite seu uso por curandeiros, psiquiatras e indivíduos, com algumas limitações.

 

Abaixo está a lista crescente de países onde o consumo de cogumelos mágicos já é legal, às vezes com restrições:

Áustria, as Bahamas, Brasil, Ilhas Virgens Britânicas, Itália, Jamaica, Moldávia, Nepal, Países Baixos, Portugal, Samoa, Sérvia, Espanha e partes dos EUA[24].

UM CENTRO PARA TODOS

A vibrante estética da “Central dos Cogumelos” pode ser descrita como “Philippe Starck sob o efeito de cogumelos”. Vibrantemente vivo, o espaço não tem a intenção de ser pitoresco nem uma Disneylândia plastificada. Na verdade, nada de plástico. O ambiente, que será ocasionalmente redesenhado por artistas, é uma experiência que merece ser vivenciada. Será certamente um local encantador também para as crianças[25].

 

A ideia é unir os seguintes departamentos no mesmo local:

No térreo:

 

  • Uma loja para educar e vender, três categorias de cogumelos orgânicos comestíveis, frescos e secos, produzidos na região:

    Alguns cogumelos serão vendidos na loja, outros serão servidos no restaurante em funcionamento na “Central dos Cogumelos”, enquanto alguns serão distribuídos para restaurantes, lojas e pessoas físicas.

     

    Além disso, será oferecido o serviço de verificação de segurança para cogumelos selvagens que as pessoas tenham colhido por conta própria[29].
  • Uma pequena boutique oferecerá produtos relacionados a cogumelos, tanto produzidos localmente quanto globalmente. Estarão à venda: suplementos medicinais à base de cogumelos[30] que fortalecem o sistema imunológico, combatem o câncer (Taxol) ou a demência e o Alzheimer, segundo práticas milenares utilizadas por curandeiros indígenas e na medicina do Extremo Oriente. Kits para aqueles que desejam embarcar na aventura de cultivar cogumelos em sua própria casa[31]. Livros sobre cogumelos e outras substâncias psicodélicas. Sapatos e jaquetas de couro à base de cogumelo, camisetas com temas de cogumelos e outros itens selecionados[32].
  • Um bar que servirá não apenas bebidas tradicionais, mas também especialidades à base de cogumelos, conhecidas por fortalecer o sistema imunológico[33].
  • Um café oferecendo chás e cafés de cogumelo[34], além de opções tradicionais, possivelmente com a arte de desenhar cogumelos com a espuma do leite.
  • O café abrigará uma biblioteca com uma coleção de livros sobre o cultivo e a identificação de cogumelos, seu uso ambiental e medicinal, bem como o tema de substâncias psicodélicas desde as sociedades antigas até os dias atuais. No acervo, histórias em quadrinhos psicodélicas, livros de receitas de cogumelos etc. Esses livros não serão emprestados, mas haverá uma impressora disponível para escanear ou copiar as páginas que as pessoas quiserem levar para casa.
  • Um restaurante especializado em iguarias à base de cogumelos, além de saborosos produtos alimentícios e bebidas resultantes da fermentação com fungos. Os produtos de panificação servidos no café serão produzidos aqui. Cursos de culinária com foco em cogumelos também serão oferecidos[35].

No andar de cima:

 

O espaço polivalente, decorado com um estilo psicodélico, será esteticamente agradável e visualmente estimulante, com grandes janelas voltadas para a praça arborizada. Este espaço versátil será usado para diversas atividades, tais como:

 

  • Cursos sobre o cultivo[36], identificação (saber se um cogumelo é comestível ou não?!) e culinária de cogumelos, incluindo aulas ministradas por um chef japonês local, abertas para adultos e crianças. Haverá ainda seminários e simpósios sobre os diversos aspectos dos cogumelos, desde práticas de saúde baseadas na Ásia até seu potencial ambiental e efeitos psicodélicos[37]. Nosso objetivo é reunir a comunidade nacional e internacional de entusiastas de cogumelos para promover a troca de conhecimento entre o Brasil e o mundo. Dessa forma, especialistas visitantes terão a oportunidade de contribuir com suas experiências, ao mesmo tempo que terão acesso ao conhecimento único do Brasil, como as práticas e tradições dos povos indígenas, e trazê-lo de volta para seus países. Uma vez por ano, realizaremos um grande festival de cogumelos, onde participantes locais e internacionais se reunião para celebrar e compartilhar sua paixão pelos fungos. Planejamos ainda sediar eventos esporádicos de networking para amantes de cogumelos e entusiastas da comunidade psicodélica. Também serão oferecidas aulas voltadas para velhos, e jovens sobre práticas seguras no uso de substâncias psicoativas, com uma abordagem educativa não moralista sobre porque certas drogas são uma má ideia[38].
  • Um cinema[39] improvisado, mas bem equipado, exibirá filmes com temas de cogumelos e psicodelia de todas as épocas e culturas[40].
  • Pequenas exposições que mostram: Produtos inovadores feitos de materiais fúngicos. A história dos rituais indígenas de cogumelos, além de imagens que ensinam como identificar cogumelos, ou simplesmente uma seleção de arte psicodélica. Concursos de fotos e desenhos com motivos de cogumelos etc. – mas somente coisas requintadas e de uma cuidadosa curadoria. Definitivamente, nada de artesanatos pedestres. Tanto artistas locais quanto internacionais terão a oportunidade de criar instalações que proporcionem experiências enriquecedoras para pessoas de todas as idades, estejam elas sob a influência de cogumelos ou não. Cursos de ilustrações botânicas de cogumelos serão oferecidos nos finais de semana, bem como desfiles de moda com roupas feitas de tecido à base de cogumelo.
  • Em dias tranquilos, as pessoas poderão desfrutar de momentos relaxantes neste espaço.
  • Nas noites menos tranquilas, haverá apresentações ao vivo o DJs tocando músicas relacionadas a cogumelos e de estilo psicodélico. (Você sabia que alguns músicos usam as correntes elétricas dos cogumelos para produzir notas que são a base de sua música?) E, é claro, não faltará espaço para muita dança e diversão.
  • Ocasionalmente, uma extensão do bar do térreo funcionará no andar superior.
  • O espaço também será alugado para eventos, como casamentos ou retiros para a mente e o corpo. Visitas de grupos escolares serão muito bem-vindas.

Resumindo, a “Central dos Cogumelos” será um espaço seguro (“safe space”) para satisfazer a curiosidade sobre cogumelos ou até mesmo experimentar seus efeitos. Para alcançar esse objetivo, é essencial que os diferentes departamentos sejam administrados por pessoas sensíveis, representando uma mistura inclusiva de etnias, gêneros e orientações sexuais. Cada membro da equipe recebará os clientes com um coração amigável e aberto. Para garantir um ambiente de trabalho saudável, cada departamento se comprometará a oferecer boas condições para sua equipe. Os empregos criados pelo centro serão uma oportunidade para jovens de diferentes níveis educacionais e classes sociais, especialmente para os menos privilegiados. Criaremos um programa de voluntariado, oferecendo vagas para que as pessoas possam aprender, compartilhar suas habilidades e conhecimentos, e contribuir para expandir a rede de apoio do centro.

 

Cada departamento será liderado por um indivíduo ou grupo que assegura que sua parte no todo funcione de maneira responsável e transparente. Esses líderes precisam ter iniciativa e estar dispostos a trabalhar em um ambiente colaborativo, garantindo que suas ações estejam alinhas com as dos outros departamentos e com a visão do projeto como um todo. Jane & Tomi (mais sobre eles no próximo capítulo) serão responsáveis pela infraestrutura do prédio, pela compreensão e preservação do conceito principal e por facilitar a colaboração entre os diferentes departamentos. Reuniões semanais dos líderes dos departamentos serão realizadas para coordenar as atividades e promover uma cultura de colaboração, reduzindo qualquer competição entre departamentos. O objetivo a longo prazo é aprender com os fungos e estabelecer uma rede de suporte descentralizada entre todos os envolvidos, inspirada no funcionamento dos fungos. Como nossa sociedade funcionaria de maneira diferente se tomássemos os fungos como nosso modelo organizacional!

Como membros externos da equipe, precisamos:

 

  • Profissional para promover e manter a presença online da “Central dos Cogumelos”. Essa pessoa será encarregada de divulgar informações e assumirá o papel de relações públicas, principalmente mas não exclusivamente, por meio das redes sociais, em português, inglês e alemão. O objetivo é tanto promover o centro quanto fazer advocacy pela causa dos cogumelos em geral. Será fundamental estabelecer um bom relacionamento com a comunidade local, bem como com a comunidade de cogumelos. Além disso, esse profissional será responsável por criar uma plataforma onde a comunidade de cogumelos possa crescer em uma rede de micélio forte e, a partir daí, criar conexões com movimentos micológicos já existentes, como “Radical Mycology”[41], fundado pelo visionário dos cogumelos Peter McCoy[42], ou Mycotopia.net[43].

     

    Outra parte essencial do trabalho será gerenciar o calendário com todas as atividades e eventos do centro. Desde a programação do cinema até o cardápio do restaurante, reservas de mesa e inscrições para seminários. Mas também sobre eventos relacionados a cogumelos muito além do centro.

     

    A plataforma online funcionará como uma loja virtual para vender produtos dos vários departamentos da “Central dos Cogumelos”.
  • Profissional dedicado a angariar fundos para o centro, com foco em atividades educacionais, como seminários, exposições, intercâmbios acadêmicos e culturais com micologistas de todo o mundo, além de bolsas de estudo para participantes de eventos especiais.

    Essa pessoa também será responsável por identificar oportunidades de financiamento e patrocínio, elaborar propostas de subsídios, estabelecer uma rede de contatos com pessoas, instituições e empresas, tanto local quanto internacionalmente, e propor permutas com companhias de aviação, hotéis, gráficas e agências de publicidade e veículos de mídia para os eventos com especialistas convidados.
  • Diretor financeiro, contador e auditor para compor o time de gestores das finanças dessa organização sem fins lucrativos desde sua formação até sua plena operação. Esses profissionais serão encarregados de preparar o orçamento anual com base nos fundos disponíveis, coordenar as receitas e despesas, alocar doações e manter as relações financeiras entre a organização guarda-chuva unificadora e todos os departamentos, bem como entre os doadores e o estado. Essa equipe será responsável por uma contabilidade transparente e eficiente.
  • Advogado para lidar com todos os aspectos legais da instituição. Este profissional cuidará dos contratos de locação e outros acordos entre os departamentos e o instituto, obterá permissões do município e fornecerrá orientações sobre as questões legais relacionadas aos cogumelos mágicos no Brasil.

    O Brasil possui peculiaridades legais quanto ao cultivo, secagem e venda de cogumelos mágicos, sendo legal essa prática. No entanto, a extração da substância psicoativa ou sua comercialização para consumo humano é ilegal, a menos que haja prescrição médica de um psiquiatra, confirmando como parte de um tratamento.

    Para se manter dentro dos parâmetros legais atuais, os cogumelos mágicos devem ser claramente rotulados como colecionáveis e destinados apenas ao estudo. Avisos com boa visibilidade precisam avisar que os cogumelos não são para consumo. Apesar de parecer um procedimento simplório, é a maneira brasileira de lidar com a zona cinzenta das leis locais de cogumelos. Até o momento, não houve um único caso judicial relacionado a cogumelos.

  • Psiquiatra disponível para avaliar e aconselhar pessoas interessadas em usar cogumelos mágicos como parte do tratamento para suas dificuldades psicológicas. As receitas emitidas e monitoradas pelo psiquiatra permitirão que os pacientes recebam a dosagem prescrita sem risco legal para eles próprios ou para a “Central dos Cogumelos”. E também oferece uma proteção legal para aqueles que cultivam seus próprios cogumelos para fins terapêuticos. O psiquiatra também fornecerá treinamento sobre o uso responsável de substâncias psicoativas e redução de danos.

  • Por fim, um grupo de micologistas para aconselhar o centro, auxiliar na elaboração da pauta de eventos educacionais e atuar como “tradutores” de assuntos complexos para não cientistas. Eles também realizarão atividades de divulgação para as comunidades acadêmicas e científicas.

A “Central dos Cogumelos” tem como objetivo recrutar o maior número possível de membros: desde entusiastas locais de cogumelos no bairro até aqueles em outros cantos do mundo. Queremos atrair desde associações comunitárias até grandes patrocinadores. Incentivar a participação de membros dos mais diversos extratos sociais e geográficos, tanto presencialmente quanto na plataforma na internet. Enquanto alguns seminários e workshops serão destinados a profissionais da área, outros terão como objetivo atender a um público mais amplo.

Além disso, vamos criar um círculo exclusivo de “padrinhos” locais e internacionais. Esses mentores agregarão prestígio ao centro, acompanhando suas atividades e nos mantendo informados sobre avanços, tendências e conexões globais no mundo dos cogumelos.

E OS FUNDADORES SÃO

Tomi Streiff, cineasta suíço nascido em Basel, cidade onde o LSD foi descoberto, foi um dos principais organizadores do centro cultural “Alte Stadtgärtnerei”. Após residir em Nova York e Buenos Aires, Tomi se estabeleceu há 12 anos no bairro histórico da Gamboa, no Rio de Janeiro. Além de explorar o mundo com as histórias imaginárias de seus roteiros, ele também percorreu universos interiores através de substâncias psicodélicas, especialmente os rituais de cura com Ayahuasca no Brasil.

 

Jane Hallisey, roteirista e pintora irlandesa e norte-americana, cresceu no nordeste dos Estados Unidos. Jane conheceu Tomi na sala de esgrima da Universidade de Nova York e, desde então, viajam juntos. Há 18 anos, enquanto ainda moravam em Buenos Aires, nasceu sua filha, Manouk Pipistrella, o que os tornou cidadãos sul-americanos. E, há dois anos, eles lançaram o movimento de bairro “Viva Livramento” para transformar uma rua negligenciada no centro do Rio de Janeiro em um modelo para uma cidade mais verde.

 

Cada vez mais preocupados com a crise climática que a geração de sua filha terá que enfrentar, eles procuraram soluções e descobriram que o mundo dos fungos oferece muitas oportunidades valiosas que precisam ser implementadas o mais rápido possível. Isso despertou sua curiosidade e o desejo de cultivar cogumelos. Enquanto estudavam a melhor maneira de fazer isso, descobriram que já existem muitos produtores competentes e preocupados com o clima, além de interessados no potencial dos fungos. O que ainda está faltando é uma rede forte entre esses produtores e o público em geral. Por isso, Tomi e Jane decidiram criar a “Central dos Cogumelos”, um centro cultural que coloca os cogumelos em seu devido lugar: o centro do palco.

 

Tomi e Jane são apenas os iniciadores do movimento. Seu objetivo é montar uma equipe capacitada para construir e administrar o centro. A ideia é criar uma estrutura flexível que abrigue sob o mesmo teto diversos “departamentos” que possam florescer de forma autônoma. Cada departamento terá uma identidade legal separada (como as lojas nos museus, ou um shopping alternativo), mas manterá um intercâmbio com os outros departamentos, sempre alinhado ao objetivo, filosofia e estética em comum.

NA VIBRANTE ÁREA PORTUÁRIA

A posse do novo presidente da República em 1º de janeiro de 2023 trouxe esperança para muitas pessoas, que voltaram a acreditar que o Brasil pode se tornar um lugar onde as pessoas se percebem como parte da natureza maravilhosa com a qual vivem em harmonia, em vez de destruí-la por meio da exploração excessiva. Com a ajuda dos povos indígenas, que sempre estiveram na vanguarda da medicina psicodélica e da proteção do meio ambiente, o Brasil, guardião da Amazônia, pulmão do nosso planeta, tem o potencial de liderar o caminho. Essa atmosfera de esperança é o terreno ideal para que nosso projeto floresça.

 

A “Central dos Cogumelos” será instalada em um sobrado colonial de dois andares na Praça Harmonia, localizada em Gamboa, um bairro na zona portuária histórica do Rio de Janeiro. Essa preciosidade fica na esquina de um quarteirão preservado de casas de frente para a praça. A galeria Inclusartiz[44] acabou de abrir suas portas no mesmo trecho da praça. A cem metros de distância, há uma parada do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), parte da rede de bondes construída para as Olimpíadas de 2016. Ladeando o lado sul da praça está o Moinho Fluminense[45], o belo e enorme antigo moinho de farinha da cidade, que foi inaugurado em 1887 e operou até as operações de moagem serem transferidas para os arredores da cidade em 2016. Desde então, houve vários projetos para transformar esse complexo histórico com seus silos imponentes em prédio de apartamentos, escritórios, hotel, restaurante, hospital e shopping center com cinema. Mas, como muitos dos grandes projetos do Rio, ele ficou paralisado e os prédios ficaram vazios por oito anos. Recentemente, no entanto, houve uma mudança de proprietários e novos esforços para realizar um projeto estão em andamento. Acreditamos que, em um futuro não muito distante, o Moinho se tornará nosso novo grande vizinho, que trará muito mais pessoas para a praça e, portanto, para os portões do nosso centro.

Há cerca de uma década, quando os preços do petróleo estavam altos e a economia do Brasil em ascensão, a cidade teve o “privilégio” de ser escolhida para sede da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e, dois anos depois, as Olimpíadas. Uma das grandes promessas era revitalizar a área portuária, histórica e com localização central, que havia sido abandonada por várias décadas. Para restaurar seu antigo esplendor, a cidade começou a investir milhões na área. A inspiração era o Port Vell, de Barcelona, Puerto Madero, em Buenos Aires, e o South Street Seaport, de Manhattan. Alguns projetos, como o VLT, a transferência do tráfego para um túnel sob o novo Boulevard Olímpico, o Museu MAR e o Museu de Amanhã (com a arquitetura de Santiago Calatrava) na Praça Mauá, foram realizados. Mas, quando os preços do petróleo caíram, a crise econômica chegou e o dinheiro acabou rapidamente. Como consequência, a revitalização nunca chegou à Praça Harmonia. Com isso, o bairro permaneceu um precário até hoje, mas de forma alguma perigoso. Nós nos mudamos para a Gamboa há doze anos, tivemos um albergue funcionando durante a Copa do Mundo e o Carnaval seguinte, e nunca tivemos um único incidente — algo que a maioria das pessoas que se hospedam em Copacabana ou Ipanema infelizmente não podem afirmar. Em 2021, o prefeito dinâmico que liderou a cidade durante as Olimpíadas foi reeleito. Ele parece determinado a finalmente concluir seu projeto e, enfim, revitalizar este ótimo bairro.

Mas a área boêmia do porto não é somente charmosa, ela também tem sua grande importância histórica. A apenas cinco minutos de caminhada de onde a “Central dos Cogumelos” brotará, fica o Cais do Valongo, o maior porto receptor de escravizados do mundo. Descoberta em 2011 e reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2017, esse local testemunhou uma história de profundo sofrimento. Foi ali que desembarcou cerca de um milhão de africanos escravizados no Novo Mundo, nunca mais voltando a seus lares. Depois de matar e oprimir os povos indígenas, esse foi o segundo movimento para completar o domínio cruel que os portugueses infligiram a esse paraíso. É nossa esperança que o projeto da “Central dos Cogumelos” possa ser um agente de cura para algumas das feridas ainda abertas que impedem o Brasil de florescer. Por exemplo, por meio de terapia em grupo apoiada por psilocibina, que auxilia os afro-brasileiros a processar o trauma coletivo ancestral de escravidão, semelhante aos programas de sucesso estabelecidos na Jamaica e nos EUA[46].

Também conhecida como Pequena África, a Gamboa é o berço do samba. Fica próxima da Cidade do Samba, onde as melhores escolas de samba constroem seus carros alegóricos, do Sambódromo, onde o desfile acontece, e do mundialmente famoso estádio de futebol do Maracanã. Apesar de todas essas atrações, o bairro só agora está começando a sair de seu sono profundo. Artistas locais e recém-chegados estão prosperando aqui, enquanto novos bares e clubes se juntam aos estabelecimentos tradicionais. Na praça, os blocos de carnaval ensaiam seus sambas e forró. Ainda uma joia um tanto escondida a Gamboa é, indiscutivelmente, o bairro mais promissor que o Rio tem a oferecer. Não é de surpreender que a revista Time Out tenha eleito a área da Saúde/Gamboa como um dos 49 bairros mais legais do mundo[47]! E o banco do governo BNDES acaba de anunciar que investirá 20 milhões de reais em projetos culturais e urbanísticos no território da Pequena África, para transformá-lo em um distrito cultural com um museu ao ar livre sobre a diáspora africana.

Quando se percebe a conveniência da localização da Praça Harmonia, parece quase irreal a atmosfera rural e sonhadora que foi preservada aqui. Situada entre o porto onde atracam navios de cruzeiros e o centro comercial da cidade, a Praça Harmonia oferece fácil acesso a pontos de interesse, como o AquaRio (maior aquário da América do Sul), a roda-gigante RioStar, a Pedra do Sal, o Trapiche da Gamboa e o Boulevard Olímpico. De bicicleta, pode-se chegar ao Centro, à Lapa, ao aeroporto, à rodoviária e à estação de trem Central do Brasil em menos de dez minutos.

 

O prédio que sediará a “Central dos Cogumelos” foi construído na virada dos anos 1900. Iniciamos o projeto comprando esse antigo sobrado em ruínas. Numa primeira etapa, estabilizamos as paredes externas, o segundo andar e a escadaria com estruturas de aço, e fizemos um novo telhado. Um arquiteto elaborou os planos de renovação, já aprovados pela prefeitura do Rio. A estrutura está pronta para ser revitalizada e abrigar o centro. No entanto, é necessário um investimento considerável para transformar o sobrado em uma edificação renovada historicamente correto, com uma infraestrutura moderna funcionando para duas lojas, um restaurante/bar/café e o pequeno cinema no “salão de baile” do segundo andar.

Nosso objetivo é garantir que, após a renovação, o prédio seja energeticamente sustentável. No Brasil, o sol é abundante e queremos mostrar que é fácil produzir toda a água quente e eletricidade no local.

O projeto de reforma prevê um terraço nos fundos do último andar, com direito a um corrimão de ferro fundido. A ampla calçada em frente ao prédio, em direção à praça, será nivelada e coberta com o desenho de um cogumelo pontilhado feito com Pedra Portuguesa, o tradicional paralelepípedo preto e branco do Rio. Uma bandeira com o desenho da estação de trem Central do Brasil, com um cogumelo mágico em vermelho com bolinhas brancas no topo, será visível de longe, captando a brisa e a atenção das pessoas.

Em dias de tempo bom (o que acontece na maior parte do ano, no Rio), os visitantes poderão se sentar do lado de fora, em mesas de café. E os eventos maiores poderão expandir suas atividades para a praça.

COMO VOCÊ PODE AJUDAR?

  • O momento é oportuno: Cogumelos estão na mente de muitas pessoas. Eles são destaque em revistas, em programas de rádio e TV e até mesmo no mercado de ações.
  • O local é ideal: O Brasil mantém uma conexão mais próxima com sua natureza e suas tradições indígenas do que os países ricos e industrializados. Não por acaso é um dos poucos países onde os cogumelos mágicos podem ser vendidos legalmente. O Brasil tem potencial para diminuir a lacuna entre o passado e o futuro. E temos o imóvel certo no bairro certo para construir essa ponte.
  • O objetivo do projeto é relevante: Os cogumelos conectam diversos aspectos da vida: desde a alimentação e medicina até psicologia e espiritualidade, passando pela ciência, cultura, gestão de resíduos e sustentabilidade.
  • Os elementos do centro de cogumelos estão definidos e prontos para serem implementados.

Não temos dúvidas de que a “Central dos Cogumelos” será uma valiosa contribuição para a tão necessária mudança de paradigma que nos ajudará a curar o planeta.

 

Contudo, afirmar que o centro se tornará um grande sucesso financeiro seria ilusório. Administrar um restaurante especializado em cogumelos e um cinema alternativo em um bairro em pleno processo de revitalização não é uma garantia de lucro substancial. Atrair investidores com promessas de altos retornos financeiros não funcionará. Nossa intenção é convencer indivíduos e instituições do valor não monetário e idealista deste projeto.

 

Gostaríamos de convidá-los a apoiar o movimento global para colocar os cogumelos em destaque, ao mesmo tempo em que participam da revitalização de um bairro historicamente significativo em um país emergente. Especialmente no primeiro mundo rico e privilegiado, esperamos encontrar pessoas, instituições, fundações e empresas dispostas a apoiar esse projeto na parte menos privilegiada do planeta. Aqui, seu investimento tem um poder de compra maior e, portanto, um impacto muito mais significativo do que teria em seu próprio país.

 

Atualmente, temos o imóvel, já com a estrutura básica reformada. Para colocar a “Central dos Cogumelos” em funcionamento precisamos captar os recursos financeiros necessários por meio de patrocínios, doações e subsídios.

ORÇAMENTO

Item aprox. Reais
Preço do imóvel (alcançado)
700.000
Renovação básica (alcançado)
500.000
Renovação restante
1.300.000
Instalação solar
325.000
Design de interiores
325.000
Instalação da infraestrutura dos diferentes departamentos:
– Loja de cogumelos
(Vitrines refrigeradas, prateleiras, geladeiras, secador de cogumelos no mezanino)
97.500
– Pequena loja para objetos relacionados a cogumelos
(Prateleiras, vitrines, balcão)
26.000
– Bar
(Balcão, prateleiras, geladeiras, pias, copos, e os mesmos, equipamento, só que em menor número, para os eventos realizados no andar de cima)
45.500
– Café
(Máquina de café expresso, pratos, xícaras, copos, talheres)
39.000
– Biblioteca
(Prateleiras, livros, impressora)
32.500
– Restaurante
(Cozinha com fogão, forno, fritadeira a ar, geladeiras, lava-louças, pias, mesas de preparação, dutos de exaustão, prateleiras, armários, mesas, cadeiras, pratos, xícaras, copos, talheres)
325.000
– Mezanino: Armários e prateleiras para todos os depts.
26.000
– Cinema
(Tela, projetor, sistema de som, cadeiras)
78.000
– Sistema de DJ
19.500
– Elevador de carga para conectar térreo, mezanino e andar de cima
65.000
Salários dos gerentes:
Por 2 x 2 anos para construção e administração
650.000
Salário do primeiro ano para:
1 x Gerente de Web, 1 x Captação de Recursos, 3 x 1/3 Diretor Financeiro, Contador e Auditor, 1/3 x Advogado, 1/3 x Psiquiatra
572.000
Reserva para cobrir déficits potenciais na administração dos diversos departamentos no primeiro ano
325.000
TOTAL
5.451.000
Já investido
-1.200.000
A SER ARRECADADO
4.251.000

O montante necessário para colocar a “Central dos Cogumelos” em funcionamento é considerável. No entanto, poderemos colocar partes do centro em operação com muito menos recursos. E, na verdade, é uma quantia pequena quando se considera o impacto educacional que o projeto terá na reversão da catástrofe climática. Especialmente quando você considera que o governo dos EUA recentemente autorizou o maior orçamento militar de todos os tempos: US$ 886 bilhões para armas destinadas a destruir nosso planeta de forma ainda mais eficiente. (Enquanto isso, os EUA prometeram um valor risível de US$ 17,5 milhões para fornecer apoio financeiro aos países em desenvolvimento que sofrem impactos severos das mudanças climática[48].)

 

Tudo é relativo. Enquanto a devastação alternada por enchentes e secas que provocam grandes incêndios está aumentando constantemente, as guerras continuam sem parar na Ucrânia, em Gaza e em outros lugares, apesar de serem muito caras em termos humanos, financeiros e especialmente ecológicos. Embora as geleiras suíças tenham encolhido 10% no último ano, quem investe no mercado de ações ainda ganha muito dinheiro.

 

Para lidar ativamente com a situação urgente que todos nós estamos enfrentando, fundamos a “Central dos Cogumelos”. Para obter o apoio financeiro necessário para essa organização brasileiro sem fins lucrativos, mas também para outras iniciativas relacionadas a cogumelos nos respectivos países, fundamos a associação sem fins lucrativos “Pro Fungi”, tanto na Suíça quanto no Brasil. A filial dos EUA ainda está em andamento.

 

O plano é que a “Central dos Cogumelos” esteja totalmente operacional dentro de dois anos, com a expectativa de se tornar financeiramente autossuficiente. Quaisquer recursos adicionais, especialmente para eventos especiais, serão arrecadados pelo responsável pela captação de recursos.

 

Você pode ajudar? Contribuindo financeiramente? Com conselhos e ideias? Com conexões e indicações de pessoas, fundações, instituições, empresas etc. que possam fornecer apoio financeiro e/ou orientação? Ou talvez você esteja pessoalmente interessado em se envolver com a “Central dos Cogumelos” em uma das diversas funções? Ou conhece alguém que possa estar interessado? Se você não puder ajudar pessoalmente, pode apoiar divulgando o projeto?

 

Agradecemos muito por considerar ser um parceiro neste projeto!

REFERÊNCIAS: VÍDEOS E TEXTOS

Links específicos referenciados por números de notas de rodapé no texto:

[1]

https://www.drugtimes.org/magic-mushrooms/intoxications-and-the-oldest-known-mushroom-cult-in-africa.html

https://en.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%ADa_Sabina

https://books.google.com.br/books?id=Jj8EAAAAMBAJlpg=PA100ots=biwwlEN8c4pg=PA100redir_esc=y#v=onepageqf=false

 

[2]

https://www.merlinsheldrake.com/entangled-life

https://www.nytimes.com/2023/06/08/magazine/merlin-sheldrake-fungi.html?searchResultPosition=1

 

[3]

https://www.scientificamerican.com/article/strange-but-true-largest-organism-is-fungus/

 

[4]

https://www.goodreads.com/author/quotes/30353.Paul_Stamets

https://www.azquotes.com/author/17406-Paul_Stamets

https://www.brainyquote.com/authors/paul-stamets-quotes

https://fungi.com/pages/about-us

https://www.youtube.com/watch?v=7agK0nkiZpA

https://www.ted.com/talks/paul_stamets_6_ways_mushrooms_can_save_the_world?language=en

 

[5]

https://fungi.com/

 

[6]

https://www.facebook.com/watch/?v=286052882974874

https://www.mushroomcouncil.com/sustainability/story/

https://www.footprintcoalition.com/atlast

 

[7]

https://www.mycoworks.com/fine-mycelium-an-advanced-materials-platform

https://www.mylo-unleather.com/

https://www.fastcompany.com/40562633/this-leather-is-made-from-mushrooms-not-cows

https://archive.ph/33LAr

https://www.youtube.com/watch?v=3PEsKByJ8eI

https://www.youtube.com/watch?v=N3_rqM3w_-4

https://www.youtube.com/watch?v=vcrKZrNFVDA

https://www.mycoworks.com/thisisnotleather/

 

[8]

https://www.instagram.com/p/CYU_2QLvXAU/

https://www.dbs.com/newsroom/Indonesian_mushroom_based_fashion_collection_showcased_at_Paris_fashion_week_as_part_of_sustainable_evolution

 

[9]

Stan Smith Mylo™: Feito com cogumelos

https://www.adidas.com/us/blog/663481-stan-smith-mylotm-made-using-mushrooms

 

[10]

https://www.mushroomcoloratlas.com/

 

[11]

https://www.spiegel.de/wissenschaft/groenland-schweiz-forscher-finden-pilze-und-bakterien-die-plastik-bei-niedriger-temperatur-fressen-a-360289bc-af52-4992-a3b2-bfb356555ea2

https://www.abc.net.au/news/2023-04-15/plastic-eating-fungi-discovery-raises-hopes-for-recycling-crisis/102219310

https://oceanblueproject.org/plastic-eating-enzyme

https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.1700782#abstract

 

[12]

https://www.ecovative.com/pages/where-to-find-us

https://www.ecovative.com/

 

[13]

https://crclr.org/article/2017-05-01-6-ways-mushrooms-can-help-save-the-planet

https://thegaiaproject.ca/en/4-ways-mushrooms-can-save-the-planet-shape-our-future/

 

[14]

https://www.theguardian.com/environment/2020/jan/11/could-mushrooms-and-orange-peel-detoxify-the-building-industry

 

[15]

www.instagram.com/p/C1UufupyRb9/?hl=en

 

[16]

https://edition.cnn.com/2021/11/17/europe/loop-mycelium-mushroom-coffin-eco-funeral-spc-intl/index.html?mc_cid=6b99b4b6c7mc_eid=9040d37eab

 

[17]

https://healthland.time.com/2011/10/06/jobs-had-lsd-we-have-the-iphone/

https://www.thedailybeast.com/billionaire-german-investor-christian-angermayer-says-mushrooms-are-key-to-his-success

 

[18]

https://www.bbc.com/future/article/20220606-psilocybin-how-psychedelic-drugs-might-treat-depression

https://healthland.time.com/2011/06/16/magic-mushrooms-can-improve-psychological-health-long-term

https://www.reuters.com/lifestyle/sports/mike-tyson-says-psychedelics-saved-his-life-now-he-hopes-they-can-change-world-2021-05-28/

https://www.psypost.org/2021/03/case-report-consumption-of-psilocybin-containing-mushrooms-results-in-amelioration-of-ocd-symptoms-60189

https://www.nytimes.com/2021/03/18/opinion/oregon-psychedelic-therapy.html

COGUMELOS MÁGICOS, TRATAMENTOS IDEM – YouTube

https://edition.cnn.com/2022/11/02/health/psilocybin-magic-mushroom-depression-wellness/index.html

https://www.youtube.com/watch?v=86fuPcla1tA

 

[19]

https://apnews.com/article/mushroom-psychedelic-alcoholism-study-a3b6692ae7590de9fd09a7cac271a199

https://www.researchgate.net/publication/325967625_Psychedelic_therapy_for_smoking_cessation_Qualitative_analysis_of_participant_accounts

 

[20]

https://www.forbes.com/sites/willyakowicz/2021/05/20/psychedelic-medicine-company-approved-to-study-sublingual-psilocybin-for-major-depressive-disorder/?sh=175a4702adaa

https://archive.ph/jAJld

 

[21]

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https://tripsitter.com/legal/switzerland/

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https://www.embrapa.br/cursos/-/evento/415540/53-curso-sobre-cultivo-de-cogumelos-comestiveis-e-medicinais

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Receita moderna de macarrão com cogumelos eringi do Japão: Tão atraente quanto trabalhosa 【Fotos】 | SoraNews24 -Japan News-

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https://linktr.ee/fungifilmfest

 

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VÍDEOS E TEXTOS GERAIS:

Filme: “Fantastic Fungi” (Fungos Fantásticos)

https://www.netflix.com/watch/81183477?trackId=14277281tctx=-97%2C-97%2C%2C%2C%2C%2C%2C%2C

Também no: YouTube, Google Play Movie e Apple TV

 

Série: “How to Change Your Mind” (Como mudar sua mente) – Episódio 2 Psilocibina

https://www.netflix.com/watch/81164525?trackId=14277283tctx=-97%2C-97%2C%2C%2C%2C%2C%2C%2C80229847

 

https://www.nzz.ch/panorama/pilze-mysterioese-und-nuetzliche-gewaechse-ld.1694262

 

https://www.youtube.com/watch?v=tH7U-Nbxg0s

 

https://www.youtube.com/watch?v=Sxj79jtM1cI

 

https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2022/mar/03/the-magic-of-mushrooms-how-they-connect-the-plant-world

 

https://psychedelicspotlight.com/fantastic-fungi-facts-psychedelic-mushroom-netflix-documentary/

 

https://www.pagina12.com.ar/351188-los-hongos-son-mas-parecidos-a-nosotrxs-que-a-los-vegetales?fbclid=IwAR2OCfHwjTed5VcpXStAH6BKlxJbxOg3aADjFbIUqzvt3ADwEdC4STxCvDc

 

https://www.amazon.com/Growing-Gourmet-Medicinal-Mushrooms-Stamets/dp/1580081754/ref=pd_bxgy_2/135-4956142-2229020?_encoding=UTF8pd_rd_i=1580081754pd_rd_r=1e7f5621-aacc-42b4-bdbc-147720b21c09pd_rd_w=gJ3Oepd_rd_wg=21jTBpf_rd_p=f325d01c-4658-4593-be83-3e12ca663f0epf_rd_r=8VTQX5R8K1680715Z1GJpsc=1refRID=8VTQX5R8K1680715Z1GJ

 

https://www.amazon.com/Mycelium-Running-Mushrooms-Help-World/dp/1580085792/ref=pd_bxgy_2/135-4956142-2229020?_encoding=UTF8pd_rd_i=1580085792pd_rd_r=cc0b3cda-5a8d-468c-820a-8c96cc293832pd_rd_w=46NFFpd_rd_wg=lV7wFpf_rd_p=f325d01c-4658-4593-be83-3e12ca663f0epf_rd_r=0T3P7TWSDTDN6E76A5R3psc=1refRID=0T3P7TWSDTDN6E76A5R3

 

https://fungi.com/blogs/articles/mycelium-explained

 

https://www.fossora.com